Dep. Arnon Bezerra, Primeira Dama Marcia Rejane, Prefeito Luis Celestina, Governador Cid Gomes e Vice Governador Professor Pinheiro
Emancipada em 1958, Penaforte, cidade limítrofe do Cariri Oeste, possui aproximadamente oito mil habitantes e é conhecida como terra de gente simples, batalhadora e de grande generosidade, que viveu entre os anos de 2005 e 2008 um verdadeiro desmando administrativo. O quadro montado ao longo dos quatro anos era de desrespeito ao cidadão, que sentiu na pele as conseqüências de uma má administração.
O descaso em alguns setores administrativos, ao longo da gestão anterior, marcou com páginas tristes a história do município. Por todos os cantos, surgiam reclamações, por isso, o desejo de mudança foi explícito nas eleições de 2008, onde as urnas guardaram 54,2% dos votos para o atual gestor, Luis Fernandes Bezerra Filho (PSB), o Luis Celestina, como é mais conhecido. Ele já havia exercido três mandatos como vereador e conquistou a confiança popular para ocupar o executivo municipal.
Ao lado do vice-prefeito, Avelar Pereira Ângelo, Luis Celestina, recebeu uma herança de dívidas, que vão desde o funcionalismo aos fornecedores, além do sucateamento e abandono do patrimônio público. Uma cidade promissora que esteve entregue a própria sorte. Daqueles tristes anos, não restou nem mesmo o banco de dados da prefeitura, arquivos e documentos que comprovassem a veracidade dos valores das contas públicas, o que dificultou o trabalho da nova gestão. Os prédios públicos estavam em ruínas e o cartão postal da cidade era o lixo, acumulado ao longo das semanas, atraindo animais de rua e insetos transmissores de doenças. Cerca de duzentas toneladas de lixo espalhavam o mau cheiro em toda zona urbana. Esgotos a céu aberto e os buracos nas ruas, avenidas e estradas vicinais, representavam problemas críticos e dificultavam o tráfego dos moradores. Obras e praças inacabadas retratavam o abandono que deixava a população magoada, embora com esperança de dias melhores. O funcionalismo público nunca foi tão desrespeitado, com pagamentos atrasados e problemas com a liberação do 13º salário. Prova da falta de compromisso foi o que aconteceu em dezembro de 2008. Naquele final de ano, servidores receberam seus pagamentos em cheque. Porém, quando chegaram à unidade do Banco do Brasil de Brejo Santo para receber os honorários, foram pegos de surpresa com a informação de que os cheques não tinham fundo. Agora, com a delimitação do calendário de pagamentos, eles recebem os seus salários em dia. No ano passado, a primeira metade do 13º salário foi paga em julho e a segunda parte em novembro. Já em 2010, o 13º está sendo pago integralmente na data do aniversário do servidor. Ainda naquela gestão, 230 funcionários municipais foram demitidos sem justificativa convincente, por mera perseguição política. O atual prefeito assegura que os servidores serão reintegrados aos poucos, até o final do seu mandato. Até hoje, 120 já foram readmitidos.
Quando assumiu a prefeitura, Luis Celestina encontrou dívidas com a Coelce, Cagece e Telemar. Penaforte contou com a benção da padroeira, Nossa Senhora da Saúde, porque os postos e as equipes do Programa de Saúde da Família funcionavam precariamente, em ambientes sujos e deteriorados. Sem estrutura, o Hospital Municipal também funcionava de maneira inadequada. Faltavam médicos, remédios, até mesmo produtos para higienização e apenas uma das três ambulâncias da cidade funcionava. As outras duas estavam sucateadas e foram retiradas de circulação. Na ação social, a população esteve sem o auxílio de programas federais e estaduais, considerados importantes e que ajudam socioeconomicamente as famílias. Na gestão anterior, crianças e jovens sofriam com o atraso dos transportes escolares e a merenda escolar também era motivo de preocupação para os pais e professores dedicados, que viam chegar a hora do recreio e os alunos, muitas vezes carentes, não tinham o que comer.
As 14 escolas do município possuíam problemas na infraestrutura. Algumas delas, não disponibilizavam sequer de um banheiro adequado para os pequenos. Torneiras sem água, carteiras escolares quebradas e a falta de utensílios na cozinha também comprometiam a aprendizagem dos alunos. Luis Celestina fez questão de sanar todos os problemas a partir do dia 1º de janeiro de 2009.
Com informações do Jornal O Regional